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Dengue 3: Rio de Janeiro

Em janeiro de 2001 foi isolado o tipo 3 do vírus do dengue (existem quatro), de uma pessoa adoecida em dezembro de 2000 em Nova Iguaçu (município do Grande Rio). Este isolamento, o primeiro do vírus 3 no Rio de Janeiro, foi realizado pelo Departamento de Virologia da Fundação Oswaldo Cruz. Posteriormente, o tipo 3 foi isolado de mais quatro pessoas, em Nova Iguaçu (mais dois), no Rio de Janeiro (Leblon, Zona Sul), no município de Queimados (Grande Rio).

A imunidade no dengue é de longa duração e tipo-específica. A infecção produz imunidade apenas contra o tipo (1, 2, 3 ou 4) que causou a doença. Em outras palavras, se a infecção foi com o tipo 2, a pessoa pode ter novamente o dengue causado pelos vírus dos tipos 1, 3 ou 4.

Os quatro tipos causam manifestações clínicas identicas. A determinação do tipo de vírus infectante, possivel apenas através de exames laboratoriais, é irrelevante para o tratamento da doença. A forma grave do dengue (diminuição acentuada da pressão sangüínea) pode acontecer mesmo na primeira infecção, com qualquer dos tipos. Nas infecções seguintes o risco é maior, mas não é obrigatório que aconteça a forma grave.

No Rio de Janeiro ocorreram duas grandes epidemias. A primeira, em 1986-87, foi causada pelo tipo 1. A segunda, em 1990/91, foi provocada pelos tipos 1 e 2. As pessoas que tiveram infecção causada por esses tipos estão imunes somente a eles. A circulação de um novo vírus (o tipo 3) no Rio de Janeiro significa que toda a população, mesmo os que tiveram dengue anteriormente, está sob risco de adquirir a infecção. O único modo possível de evitar a introdução de um novo tipo do vírus do dengue é a eliminação do Aëdes aegypti.

O mosquito transmissor do dengue, o Aëdes aegypti, prolifera-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis), em qualquer local onde se acumule água limpa (vasos de plantas, bromélias, pneus velhos, cisternas etc.). O Aëdes aegypti também pode transmitir a  febre amarela.

Em períodos de epidemias é importante a aplicação de inseticida através do "fumacê", com o objetivo de reduzir rapidamente a população adulta do Aëdes aegypti e, portanto, interromper a transmissão. O "fumacê", no entanto, não acaba com os criadouros do Aëdes aegypti e novos mosquitos se formam. Por isso, é importante eliminar os criadouros do transmissor, em geral pequenas coleções de água limpa. Como o Aëdes aegypti, além do dengue, também pode também transmitir a  febre amarela também se estará contribuindo para manter as cidades livres dessa doença.

Disponível em 21/04/01, 12:53h.

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