Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Centro de Informação em Saúde para Viajantes

Febre amarela & férias

Durante o período de férias, dezenas de milhares de pessoas viajam para o interior do Brasil e para outros países. Existem áreas de risco de transmissão de febre amarela em todas regiões do Brasil e também em diversos países do Continente Americano e da África. A febre amarela, doença para a qual existe uma vacina altamente eficaz, pode ter evolução grave e causar a morte.

Na América do Sul, em 2003 (dados até 18 de dezembro), foram notificados à Organização Panamericana da Saúde 226 casos de  febre amarela, com 99 óbitos. No Brasil, neste período, ocorreram 63 casos, dos quais 58 em Minas Gerais, 5 em Mato Grosso e 1 no Pará.
 
Febre amarela na América do Sul         
Casos notificados por países: 2003        
País Casos Óbitos
Bolívia 6 4
Brasil 63 23
Colombia 101 45
Perú 22 13
Venezuela 34 14
Total 226 99
Fonte: EID Weekly Updates: Emerging and Reemerging Infectious
Diseases, Region of the Americas, Vol. 1, No. 24—18 December 2003

No Brasil, o vírus da febre amarela está presente em todos os municípios das regiões Norte, Centro-Oeste (incluindo Brasília) e em numerosos municípios das regiões Nordeste, Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Nestas áreas, a doença é transmitida por mosquitos do gênero Haemagogus (principalmente) e o ciclo do vírus é mantido através da infecção de macacos.

A febre amarela é geralmente adquirida quando uma pessoa não vacinada viaja para o interior do país (áreas rurais, regiões de cerrado, florestas). O deslocamento de pessoas não vacinadas para áreas endêmicas faz com que exista risco de reintrodução da febre amarela nas cidades. Uma vez infectada, a pessoa pode, ao retornar, servir como fonte de infecção para o Aëdes aegypti (o mesmo que transmite dengue ) que poderia  iniciar a transmissão da febre amarela em áreas urbanas.

A vacina contra a febre amarela é gratuita e está disponível nos Centros Municipais de Saúde. O Cives recomenda que, observadas as contra-indicações, as pessoas sejam vacinadas pelo menos dez dias antes de viajar  para áreas onde há risco de transmissão da doença. Além disto, recomenda que sejam criteriosamente seguidas as medidas de proteção contra as doenças transmitidas por insetos.

Disponível em 02/01/2004, 20:05 h.

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