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Cives
Centro
de
Informação
em Saúde para Viajantes
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Antes
de Viajar
Fernando
S. V. Martins, Luciana
G. F. Pedro & Terezinha Marta P. P. Castiñeiras
O
aconselhamento
de
viajantes no Cives é uma consulta
médica. Não pode, portanto, ser feito por
telefone
ou por e-mail. Não é
possível avaliar, com segurança, a
indicação de
medidas de proteção baseada apenas no local de destino. Durante
a
consulta
pré-viagem, são avaliados os riscos relacionados à
viagem, de
acordo com as características individuais de cada viajante, o
meio
de transporte, a atividade programada e o roteiro detalhado da
viagem. A orientação
médica especializada deve ser procurada antecedência
de pelo menos
trinta dias.
O
planejamento
em
relação às medidas profiláticas é
individual. O risco de adoecimento durante uma viagem
depende
de fatores como a susceptibilidade do indivíduo
(influenciada
por antecedentes vacinais e de doenças, doenças
concomitantes
e utilização de medicamentos) e as características
da
viagem
programada (roteiro, época do ano,
duração,
tipo de atividade, condições de alojamento,
disponibilidade
de assistência médica). As
vacinas
necessárias devem ser aplicadas com antecedência
para
que produzam efeito protetor adequado (para algumas é preciso
mais
de uma dose). Os medicamentos profiláticos, quando indicados,
devem
ser iniciados antes da viagem, para a detecção de
possíveis efeitos colaterais. As
vacinas são
indicadas para as pessoas,
não para os lugares. Em
nenhuma hipótese
as vacinas devem ser indicadas apenas
devido aos riscos
existentes em um lugar. Além disto, a indicação de
vacinas não exime
o viajante de adotar outras medidas
de
proteção contra doenças infecciosas
(como cuidados com consumo
de
água
e
de
alimentos, a utilização
de
repelentes
e
mosquiteiros, uso
de
preservativos etc). As vacinas,
embora
possam ser muito eficazes, não são
isentas de falhas e nem
estão disponíveis para todas as doenças.
- Planeje detalhadamente o seu
o
roteiro.
Leve em consideração a possibilidade de exposição
excessiva
à luz solar e as diferenças
de fuso horário, de clima e de altitude.
- Procure
orientação
médica especializada com antecedência de pelo
menos
30 dias.
- Verifique os riscos de
aquisição
de doenças nos lugares para onde vai viajar.
- As exigências em
relação
às vacinas
podem
variar de um país para outro e também ao longo do tempo.
Antes de viajar, sempre verifique estas exigências nas
embaixadas
ou consulados.
- As vacinas
exigidas, em geral, visam a proteção da
população
de um país e não necessariamente a do viajante. As vacinas
recomendadas visam a proteção do viajante. Nem sempre
as vacinas
recomendadas e
as exigidas são as mesmas.
- Informe-se sobre a
necessidade
de atualização
de vacinas
e da adoção de outras medidas
de
proteção para reduzir o risco de
aquisição
de doenças infecciosas.
- A diarreia
é o principal problema de saúde durante viagens,
afetando de 10 a 50% dos viajantes.
- Procure aprender as manobras para reduzir
o
risco de barotrauma
do
ouvido
médio, um dos problemas mais
frequentes nas viagens aéreas.
- Consulte o seu médico antes
da viagem, se estiver sob tratamento
de qualquer doença (diabetes, doenças
cardíacas ou pulmonares etc.) ou em uso de qualquer
medicamento
(antibióticos, anticoncepcionais, insulina, hipoglicemiantes
orais,
anticonvulsivantes etc.).
- Caso faça uso de
medicamentos,
obtenha um certificado médico especificando o medicamento, seu
princípio
ativo e a quantidade que estará em seu poder. Isto é
importante
para as inspeções alfandegárias.
- Os medicamentos contra diabetes
podem necessitar de ajuste, em função de
alterações
de fuso horário.
- Os viajantes com fatores
de risco para trombose
venosa profunda devem procurar aconselhamento médico e
reservar
assentos no corredor ou próximo às saídas para
facilitar a realização de exercícios.
- Pessoas com doenças
cardíacas ou pulmonares podem, eventualmente,
necessitar
de oxigênio suplementar, prescrito pelo médico, durante
viagens
de avião.
- As pessoas com necessidades
de
dietas
especiais, oxigênio
e deficientes físicos, que necessitem de auxílio para
locomoção,
devem entrear em contato com a companhia aérea com
antecedência.
- Os portadores de doenças
de transmissão respiratória não devem
viajar por qualquer meio de
transporte
coletivo, até que seja confirmado que
deixaram de ser fonte de
infecção
para outras pessoas.
- Faça uma
revisão
dentária. Além do risco de interromper atividades
programadas, o tratamento de problemas
dentários é caro nos
países desenvolvidos e a qualidade
pode não ser adequada em alguns dos
países em desenvolvimento (ou mesmo no interior do Brasil).
- Verifique a cobertura do seu
seguro
em relação a viagens. Informe-se com o seu agente de
viagens
sobre seguro-saúde.
- Certifique-se de que o
passaporte e
os vistos necessários encontram-se válidos. Faça
uma
fotocópia de ambos e guarde-as separadamente dos originais. Isto
facilitará a obtenção de novos documentos, caso
venha
a perdê-los.
- Preencha a última
página
do passaporte informando quem deve ser avisado em caso de alguma
emergência.
- Tenha à os
endereços
e os telefones das representações
diplomáticas do Brasil mais próximas do seu destino.
Isto pode ser importante, caso venha a ter problemas médicos ou jurídicos.
- Procure se informar e respeite
as leis,
costumes e tradições culturais dos lugares para onde for
viajar.
Lembre-se de que quando estiver em outro país você
estará
submetido às leis locais.
- Informe-se sobre a
situação
política e de saúde dos lugares para onde está se
dirigindo.
- Se for viajar de carro no
exterior,
antes da
partida
informe-se sobre a necessidade de carteira internacional de
habilitação
e sobre as leis de trânsito locais junto à
representação
diplomática do país de destino. Os acidentes de trânsito
estão entre as
principais causas de hospitalização e morte entre os
viajantes.
- Procure aprender algumas
expressões
básicas da língua local.
- As doenças
sexualmente
transmissíveis
(DST) podem ser adquiridas em todos os
países, inclusive nos mais desenvolvidos. O
risco de
aquisição
das DST
(Aids, hepatite B, sífilis, gonorréia etc.) é
maior onde a
prática do turismo sexual é comum e depende
exclusivamente
do comportamento do viajante. Em alguns
países, como a África
do
Sul, o risco de DST é bastante elevado.
- Existem áreas de
risco
de
transmissão
de febre amarela
em todas regiões
do
Brasil, além de outros países da América
Central
e
do
Sul
e da África.
- Em diversos países
(África,
América Central e do Sul, Subcontinente Indiano, Sudeste
Asiático, Europa
etc) é exigido Certificado Internacional de
Vacinação
contra febre
amarela, como condição para entrada. Para o Certificado
ser
válido, a vacina
contra a febre
amarela
deve ser aplicada pelo menos dez dias antes da viagem. Antes de
viajar, sempre verifique
estas exigências nas
embaixadas
ou consulados.
- Além da vacina
contra a febre
amarela,
em locais onde há risco de transmissão devem ser
observadas
as medidas
de
proteção contra as doenças
transmitidas
por
insetos.
- O risco de
aquisição de malária
é alto na África (sub-saariana), América
do
Sul (Bacia Amazônica), Irian Jaia, Madagascar, Papua-Nova
Guiné,
Sudeste da Ásia e Vanuatu.
- No Brasil, existe risco elevado
de
transmissão de malária
na Região Amazônica, principalmente nos municípios
do interior. Pode haver
transmissão
significativa nas cidades, mesmo em algumas das capitais dos Estados,
como vem
acontecendo com frequência na periferia
de
Manaus e de Porto
Velho. No entanto, em Belém, São Luiz (situada fora da
Região Amazônica), Cuiabá e Palmas o risco é
quase inexistente.
- Não existem vacinas
contra a malária.
Observe
sempre
as
medidas
de
proteção contra as doenças
transmitidas
por
insetos. Eventualmente pode estar indicado o uso de
medicamentos profiláticos.
- Em caso de viagem para
países
que estão ou estiveram recentemente em guerra, procure
informações
sobre as áreas de risco de acidentes com minas terrestres
explosivas.
Não ande por áreas desabitadas ou evitadas pela
população
local. As embaixadas
e
os
consulados, em geral, possuem informações mais
precisas
sobre as áreas minadas.
Atualizado em 03/07/2011, 15:25 h
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Créditos: Cives
- Centro de Informação em Saúde para Viajantes
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